Whole Foods – Cross selling criativo vende mais e entretém
Em recente visita a Austin, fiz questão de visitar o Whole Foods, na W 6th street com Lamar Street. Além de ser cidade natal da marca fundada em 1980, essa unidade fica anexada ao escritório central da empresa, ou seja, minha expectativa era alta e esperava ver uma operação bem afinada.
Não decepcionou! Pelo contrário, toda vez que visito um Whole Foods, admiro como a marca sabe cuidar muito bem do seu merchandising, da exposição e gestão de categorias ao cross selling e compras por impulso. Essas últimas, de fato, são extremamente bem executadas e nos dão muitas ideias de como aprimorar esses estímulos em diversos outros tipos de varejo.
What’s the twist
O que me chama a atenção é como a rede gosta de quebrar paradigmas. Por exemplo, uma Champagne Veuve Clicquot exposta como venda casada em área refrigerada, eu nunca tinha visto. Porém, quando o produto que está no freezer horizontal é patola de caranguejo e lagosta, uma Veuve Clicquot faz todo sentido. Afinal, dinheiro não é o problema.
Ainda falando de bebidas alcoólicas, também se destacou a venda casada, numa ponta de gôndolas com vinhos, de um suplemento para aliviar a ressaca do dia seguinte. Esperto e audacioso.
Veja mais ações fora do padrão:
• Laranjas na frente do freezer vertical de cervejas
• Mostarda na frente do freezer vertical de nuggets
• Revista com receita de sopas e ensopados no hortifruti
Por toda a loja pode-se observar como a marca cuida para que estímulos relevantes sejam criados em prol do consumidor e das margens da empresa, é claro.
Ao final da jornada, percebe-se que a dinâmica do Whole Foods é mais conveniente, agradável, interessante e fluida.
Afinal de contas, transformar compra por obrigação em compra com emoção é a nova tônica do varejo mundial. What a twist.
Escrito por Zeh Henrique Rodrigues, sócio-diretor de Estratégias de Branding e Varejo da Brainbox.